O ouro atingiu uma nova máxima histórica nesta segunda-feira, à medida que a demanda dos investidores disparou em meio a um aumento no otimismo de que cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos serão feitos este ano.
O ouro subiu até 1,1% para US$ 2.440,59 a onça nas primeiras horas de negociação da Ásia, superando um recorde anterior alcançado em abril.
Os operadores do mercado de commodities aumentaram suas apostas nas últimas sessões de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) poderá reduzir os custos de empréstimos já em setembro
O dólar caiu e os títulos do Tesouro subiram na semana passada, depois que os dados divulgados na quarta-feira mostraram que a inflação em abril diminuiu mais do que o esperado nos EUA. Isso ofereceu suporte para o metal precioso, que não paga juros e é cotado em dólar.
Demanda
Os fundos hedge que operam futuros Comex aumentaram, na semana encerrada em 14 de maio, as apostas otimistas no ouro para o nível mais alto em três semanas, de acordo com os dados mais recentes da Commodity Futures Trading Commission.
Em outros lugares, os riscos geopolíticos na Rússia e no Oriente Médio reapareceram após um ataque com drone ucraniano a uma pequena refinaria russa, que interrompeu as operações no domingo, enquanto um petroleiro com destino à China foi atingido por um míssil Houthis no Mar Vermelho, neste sábado. Os metais preciosos estão entre os ativos que tendem a se beneficiar da demanda por “porto seguro”.
A prata também está sendo negociada perto do maior patamar em 11 anos, depois de um forte rali na sexta-feira, impulsionado por uma oferta restrita por materiais como o cobre. Diferentemente do ouro, o metal branco também é considerado uma commodity industrial, devido ao seu uso em painéis solares, por exemplo.