O ouro fechou em queda nesta segunda-feira, com impulso limitado após o avanço de cerca de 2,50% visto na semana passada, que já era a segunda semana consecutiva de ganhos para o metal.
Perspectivas para a economia dos Estados Unidos seguiam como foco, mas analistas ainda viam tendência positiva nesse mercado.
O ouro para agosto fechou em baixa de 1,43%, em US$ 2.363,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O contrato não mostrou fôlego, após os ganhos vistos na semana passada, inclusive na sexta-feira.
A tendência de alta para o ouro era vista desde o fim de junho, em grande medida atribuída ao recuo do dólar e a dados de emprego fracos dos Estados Unidos na sexta-feira, que podem apoiar cortes de juros mais cedo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O impulso recente para o metal, porém, perdia fôlego agora, segundo Alex Kuptsikevich, analista sênior de mercado da FxPro.
A situação econômica piora mais rápido do que a inflação desacelera, e um corte nos juros seria uma tentativa de apoiar o crescimento, não de retirar o aperto excessivo da política monetária, o que ainda é ruim para o apetite por risco no médio prazo, avaliou Kuptsikevich em nota.
O ING, por sua vez, lembra que o ouro avança mais de 11% até agora neste ano, com a busca por segurança apoiada em meio a conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, bem como pelas compras de bancos centrais.
O banco diz que há uma quadro de maior otimismo e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve cortar juros em setembro, mas acredita que a demanda por ouro seguirá apoiada, com compras de bancos centrais.