Uma casa construída a partir o rejeito da mineração de ouro é um dos destaques da Expominério 2024, que teve início nesta quinta-feira (7) no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Ela ficará exposta no evento e seu conceito debatido no painel Mineração e ESG no sábado (9).
Desenvolvido em parceria entre a Empório Bioarte e Fomentas Mining Company, que por meio da Santa Clara Mineração doou todo o rejeito utilizado, o protótipo da casa modular de 10,3 m² traz um novo conceito de economia circular diretamente para a habitação.
A casa conta com estrutura metálica, que aliada ao piso vinílico e outros materiais, dá resistência e durabilidade à construção, que foi executada em apenas sete dias.
A solução modular possibilita que a peça seja transportada para diferentes locais, adaptando-se às necessidades do ambiente e do público.
Essa tecnologia pioneira oferece uma alternativa viável para a gestão de resíduos na mineração, propondo um modelo de construção sustentável e demonstrando como o rejeito pode ser transformado em um recurso útil.
O projeto mostra como o setor de mineração pode integrar práticas ecológicas, promovendo a sustentabilidade sem comprometer a eficiência e a qualidade da construção.
Para o CEO da Fomentas Mining Company, Valdinei Mauro de Souza, o projeto é um marco na sustentabilidade e inovação na mineração e na construção civil.
“Uma iniciativa louvável, que mostra que a mineração pode trabalhar em parceria com setores como da construção civil, usando esse rejeito da mineração. O primeiro projeto apresentado no Estado e a Fomentas fica muitos feliz em apoiar iniciativas de sustentabilidade como essa. Que sirva de exemplo e que venham muitos mais projetos sustentáveis”.
Expominério
Maior evento de mineração da região Centro-Oeste do Brasil, a Expominério 2024 conta com uma agenda repleta de atividades, incluindo palestras, exposições de máquinas e equipamentos, apresentação de tecnologias inovadoras e excelentes oportunidades de networking para o setor.
Mato Grosso se destaca como um dos principais polos minerários do Brasil, com 23,8% de seu território sendo alvo de interesse para atividades de mineração, o que equivale a duas vezes o tamanho de Portugal. Mineradoras e cooperativas de garimpeiros estão entre os principais detalhes nesse vasto potencial. Entre 2018 e 2024, o estado experimentou um crescimento expressivo de 57,6% no número de processos minerários registrados junto à Agência Nacional de Mineração (ANM), saltando de 7.526 para 11.859 no início de 2024.
Esse crescimento reflete o interesse crescente pelas riquezas minerais de Mato Grosso, com destaque para o ouro, que representa 52% das requisições, seguidas pelo cobre (23%) e minerais como diamante, manganês e chumbo, com 3% cada.